Antes de listar as atividades disponíveis no Atacama, quero ressaltar que não aconselho fazer nenhum desses passeios sem o acompanhamento de um guia, porque os lugares são desérticos demais. Mas, é claro que é possível fazer por conta própria também.
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Valle de La Luna: Ir ao Atacama e não visitar o Valle de La Luna e o Valle da Muerte é o mesmo que ir a Paris e não ver a Torre Eiffel! Esse é um dos passeios mais buscados no deserto. Sua formação geológica é linda, composta de argila, gesso e sal. Com a ação do vento e da chuva, o cenário se torna um dos cartões postais mais visitados do Atacama.
O Valle de La Luna está a 2.250 metros acima do nível do mar, é um dos passeios com altitude mais baixa do Atacama. Por isso, o ideal é que este seja um dos primeiros programas para entrar no clima. Nós fomos pela manhã. O passeio dura meio dia, mas muita gente prefere ir na parte da tarde, entre às 15h e 16h, para ver o pôr do sol. Dependendo da quantidade de pessoas, alguns tours podem variar a ordem das visitas, justamente para pegar os lugares mais vazios.
Ao estacionar, nós demos de cara com uma subida onde pudemos olhar a Duna Maior e o anfiteatro, que é um dos melhores lugares para ver o sol se pôr. Mas fique tranquila que, mesmo com a imensidão de areia, ela não incomoda quando bate um vento mais forte.
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Passamos também pelos cânions das curvas de Sal, onde me senti em Marte! Alguns trechos são bem apertados, portanto se você tem claustrofobia, pense duas vezes antes de ir lá!
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Valle de La Muerte: O Valle de La Muerte tem um cenário mais pontiagudo, um pouco mais avermelhado. São lugares onde realmente parecemos estar em outro planeta. O valor da entrada está incluso nos tours ou o turista ainda tem a opção de pagar na entrada se estiver indo por conta própria. Nós fomos a cavalo para mudar um pouco, e amamos!
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DICA DA MAMÃE VIAJANTE
Para se prevenir da Soroche (mal decorrente da altitude relacionada com a dificuldade de adaptação de uma pessoa em ambientes com ar rarefeito) não deixe de beber muita água, ande devagar, respeite seu limite e faça uma aclimatação.
Termas de Puritama: Um lugar ideal para relaxar, já que as águas são aquecidas naturalmente! É conhecida no mundo todo, e lá as pessoas gostam de ir para se banhar. Com águas que brotam do chão naturalmente a uma temperatura de 30 graus e a altitude superior a 3400m, é o lugar ideal no combate ao cansaço depois de um dia passeios!
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As termas ficam localizadas no fim de um vale e impressionam pelo visual ao seu redor, com muitas pedras e plantas. É considerada uma das 10 melhores termas do mundo. Às vezes, a grande quandidade de turistas causa aglomerações, embora hajam 9 lagos construídos por barragens que impedem o riacho de correr.
Laguna Cejar e Tebenquiche: As lagoas do salar de San Pedro de Atacama reúnem a flora e fauna presente no habitat seco da Região de Antofagasta. Suas águas Salinas permitem ao visitante flutuar, já que é 40% composta de de sal.
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Como fomos no inverno, a água estava um gelo mas mesmo assim resolvemos encarar essa oportunidade única desse passeio que é um “must go” quando se está por lá!
A segunda parada desse passeio é no “Laguna Tebinquinche“, que consiste em pequenas lagoas profundas, de águas também cristalinas. Porém, lá não é permitida a entrada pela quantidade de sal existente ao redor.
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Em dias sem vento, é possível fazer fotos liiiindas com o reflexo dos vulcões na água. É importante respeitar os limites das trilhas para não prejudicar a conservação do local.
Ao final dessa trilha, damos de cara com os Ojos del Salar, que são dois lagos de água doce com formato circular e origem desconhecida. Ali, é possível ver um lindo por do sol. O banho é permitido só em um dos buracos, onde há algumas pedras na beirada que facilitam a saída da água. A água é gelada e o buraco é bem fundo, por isso é preciso saber nadar!
DICA DA MAMÃE VIAJANTE
Por se tratar de um deserto, leve sempre: Protetor solar, boné ou chapéu, roupa de banho para curtir a sensação de flutuar na laguna e uma troca de roupas para usar depois, e água é claro! A sede sempre bate.
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Geysers Del Tatio: Esse é um passeio que recomendo deixar para fazer no último dia, já que está a 4300 metros acima do nível do mar. Assim, você já vai estar mais acostumado com a altitude.
A melhor dica é partir do hotel bem cedo, tipo 4 da matina. Isso porque, no amanhecer, o vapor é mais intenso e ocorrem os jatos d’água fervendo. De San Pedro até o campo geotérmico dá uma hora de viagem. Nós chegamos um pouco depois e conseguimos pegar uma grande quantidade de vapor. Conforme vai amanhecendo e o tempo vai esquentando, o vapor vai acalmando.
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A paisagem é incrível e a atividade das águas é linda! São torres de água para cima e muito vapor, por isso é importante respeitar os limites do local e escutar os guias para compreender melhor como tudo funciona e os perigos do local.
Prepare a máquina, já que você estará apreciando algo singular no Chile, digno de inúmeros registros fotográficos!
Os geysers funcionam 24h, mas há horas de pico, como ao amanhecer. O bacana aqui é ver os geysers contrastando a temperatura da água (nesta altitude, entra em ebulição aos 80°C) com a temperatura ambiente (neste nosso dia, -2°C). Vá bem agasalhado, esse foi o passeio que mais senti frio!
Nós não tomamos café da manhã no local, mas almoçamos depois em um lugar lindo e super improvisado pelo nosso guia.
Tour Astronômico: Esse tour precisa ser feito! Torça para dar a sorte de ver um dos céus mais estrelados que já conheceram e observar durante a noite as constelações. No próprio observatório,onde acontece a observação, já existem os telescópios para espiar ainda melhor. Alguns são mais científicos, e outros trazem elementos da cultura andina e sua interpretação das estrelas.
No entanto, apenas agências especializadas oferecem esse passeio. Daí a necessidade de pesquisar e comparar não só valores, mas o pacote em si . Nosso hotel providenciou tudo mas as agências que fazem são a Space, Astrocoya e Stargazing, e Alarkapin.
DICA DA MAMÃE VIAJANTE
Em dias nublados não tem passeio. O melhor dia para ir é um dia após a lua nova. Isso porque esse é o dia de cada mês com menos claridade, sendo possível ver as estrelas, planetas e outros com uma nitidez impressionante.
Lagunas Antiplanicas e Salar de Atacama: Essas lagunas são a Miscanti e Miñiques, cenário de lagoas de azul intenso e cercadas de vulcões um clássico do Atacama! As lagoas ficam a mais de 4 mil metros de altitude, e a paisagem fica mais linda e completa com seus vulcões e montanhas. Por lá também já existe mais vegetação, que dá mais bossa à paisagem.
Às vezes, elas fecham no inverno pelo excesso de neve. Pode ser combinado com Piedras Rojas, que é, para muitos, o ponto alto do passeio. Nesse setor do Salar de Talar, as montanhas têm um curioso tom de cinza, por causa do sal e dos ventos. Mas não é recomendado fazer no primeiro dia, para se acostumar com a altitude – afinal, são 4.800 metros de altitude. Esse passeio pode ser combinado com o Salar de Atacama. É lá que acontecem aquelas paisagens famosas, repletas de flamingos, e na lagoa Chaxa, e onde fica o deserto de sal. O ideal é fechar o dia por lá para assistir ao pôr do sol, um dos mais belos da região.
Salar de Tara: Fica já perto da fronteira entre Chile, Argentina e Bolívia. Fica a 140 km de San Pedro, e só para chegar, são 3 horas! Mas vale a pena, até pelas paisagens que você vai encontrando pelo caminho. Lá o ideal é ir com guia em veículos 4×4. Algumas agências fazem a primeira parada em frente ao vulcão Licancabur e montam uma mesa de café da manhã por lá. Não fizemos essa parada porque, como fomos no inverno, pela manhã lá era bem frio.
Assim seguimos direto e paramos em Monges de Pacana, com grandes formações rochosas. A mais famosa é a Pedra do Índio, que foi esculpida pelos ventos e leva este nome porque lembra um índio. Há também as catedrais que se destacam na paisagem, e os flamingos podem ser observados em todos os lugares que tem lagoas.
É um programa indescritível, que mistura as várias cores: do céu, das areias, das rochas avermelhadas, das lagoas de águas claras, da vegetação rasteira em vários tons de verde, e das montanhas e vulcões cobertos de neve. Como a altitude é bem alta, vá bem agasalhado e ao longo do dias vá tirando as peças e deixe para um dos últimos dias quando vc já estará mais familiarizado com a altitude.
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Pedalar em Catarpe: Amei pedalar na região de Catarpe, que inclui lugares como Quebrada de Chulakao e a Garganta del Diablo. É um passeio agradável e gostoso que nos dá aquela sensação de liberdade e onde percorremos 20 km com uma duração de 4 a 5 horas. O guia também parou para montar um delicioso lanche e podemos voltar mais energizados ainda. Tem turista que fazem o passeio até a Vale de la Luna, mas eu confesso que fiquei com bastante preguiça por ser bem mais longe.
Rua Caracoles: É a principal rua da vila, onde estão bons restaurantes e lojinhas para comprar lembranças. Pelo centro, você pode também visitar a Igreja de San Pedro e o Museu Arqueológico Gustavo Le Paige. Na frente da Praça principal tem uma feira artesanal cheia de lembrancinhas bacanas. À noite, eu não tinha pique para sair de tão cansada. Mas a rua fica mais cheia de pessoas caminhando e procurando um bom lugar para jantar, já que de dia, estão todas entretidas nos passeios.
Vale do Arco Iris e Yerbas Buenas: Eu sempre gosto de fazer programas que fujam da rota tradicional. Por isso que adorei esse lugar, que é formado por diferentes minerais, cada um com uma cor distinta. Não tem muito movimento de turista, o que achei a melhor parte. Do outro lado, onde paramos, existem menos turistas ainda. Era o Yerbas Buenas, onde pudemos ver várias gravuras de animais marcadas nas pedras. No passado, parece que esses desenhos era a forma de identificação desses viajantes.
Pukara de Quitor: Para quem gosta de história e arqueologia, Pukará é uma atração imperdível! Isso porque o lugar é um sítio arqueológico construído no século XII com o objetivo de servir como fortaleza e moradia para antigos povoados. Após invasões de incas e espanhóis, Pukará de Quitor foi restaurada com atrações que permitem explorar todo o lugar. Uma delas, por exemplo, são as trilhas que levam aos principais pontos de arqueologia e mirantes com vista para San Pedro.